Clique nas imagens abaixo para ampliá-las! |
(As partes desta seção são independentes e caso queira conferir a primeira, basta clicar aqui.).
- Dia 31/08 - NICHOLAS SPARKS
O dia mais caótico para se estar na Bienal, mas não enfrentamos problemas na entrada graças às nossas credenciais, porém sabemos de fontes seguras que houve muita, muita confusão no portão principal. Com direito ao mesmo quebrar, danos a uma cadeira de rodas, dezenas de pessoas com arranhões e escoriações, além de muita reclamação, às 9 da manhã entrávamos na fila ao lado do stand da editora Arqueiro, a fim de pegarmos as senhas para o autógrafo do Nicholas. Antes mesmo das 10h - horário de abertura da Bienal nos finais de semana - vimos uma verdadeira multidão formar uma fila aos berros atrás de nós e as pessoas já estavam mais que exaltadas. Pegamos as senhas e atravessamos o stand ao lado para chegarmos à Intrínseca.
Sem quaisquer vestígios de problemas, seguimos na fila para garantir a senha do autógrafo do Matthew Quick. A editora disponibilizou pré-senhas, para que espertinho nenhum tentasse furar a fila - o grande medo dos exaltados na fila da Arqueiro. Logo as recebemos e fui à Novo Conceito para pegar a senha para o autógrafo da Emily Giffin. Aproveitamos o espaço confortável que a editora sempre organiza para relaxarmos um pouco, afinal o dia seria longo e corrido. O bate-papo com o Nicholas seria de 12h às 14h e logo em seguida, de 14h às 16h, os autógrafos - no mesmo lugar; então às 13h dirigimos-nos ao auditório. Se esperávamos uma grande fila? É claro. Se esperávamos o que encontramos? Nem em meus piores pesadelos. Uma massa de centenas de pessoas estava atracada ao portão do auditório, entre seguranças, brigadistas e bombeiros. Dali sim, saía uma fila.
A fila corria os pavilhões. A editora simplesmente havia fornecido mais senhas - ainda que insuficientes à multidão -, cancelara o bate-papo e por fim decidiu que mesmo aqueles sem senha poderiam autografar. CAOS. Todo o esforço de conseguir a senha foi por água abaixo, mas o constrangimento que a editora Sextante nos fez passar não parou por aí. Não havia ninguém para informar e até conseguimos reivindicar uma fila para aqueles que tinham senha, mas a proporção que entravam era de 20 sem senha para 5 com senha. Passamos mais de uma hora e meia em pé, sem informação, com os poucos funcionários da Bienal tentando conter uma multidão incontrolável. É difícil explicar, mas a sensação de estar ali, impotente, com milhares de pessoas brigando, gritando e discutindo por coisas que não tinham direito rendeu a minha pior experiência no meio literário. A Nanda chegou a passar mal e o Gabriel a levou para outro lugar. Não havia uma pessoa sequer da editora e entre muita, muita luta, eu e a Gabi conseguimos entrar.
O auditório tinha outra fila, bem grande. Não a esperávamos depois de tanto sufoco, porém seguimos, ao menos em um ambiente refrigerado, mais calmo, com bebedouro e banheiros à disposição. Então descobrimos que não só as senhas tiveram suas regras alteradas: o autógrafo seria apenas em um livro - e as pessoas que compraram o lançamento obrigatório para a sessão de autógrafos? - e o autor não tiraria fotos. Quando chegamos mais perto do mesmo, vimos que ele estava sorrindo todo o tempo, posando para fotos e autografando automaticamente. Ele não tinha oportunidade de falar muita coisa, foi tudo bem rápido - e sinceramente, já não importava mais. Saí dali com a foto e o autógrafo no único livro que li dele, "Um Amor Para Recordar" e isso foi o suficiente, contudo não para apagar a vergonha de todo o episódio. Nunca vi tanta falta de organização, consideração e minimamente respeito de uma editora para com seus leitores.
Entramos na fila dos autógrafos do Matthew Quick, onde a realidade era completamente distinta. Estavam todos sentados ao lado do stand da Intrínseca, sem atrapalhar o fluxo grande de compradores ou mesmo da fila do caixa. Organização é outra coisa. A Nanda e o Gabriel já nos esperavam e logo conseguimos o autógrafo de Matthew, um autor carismático, acessível e muito simpático. Autografei seu último lançamento, "Perdão, Leonard Peacock", que desejo ler há algum tempo. A única ressalva foi o limite de um livro por autógrafo que só foi divulgada na hora. Ah, havia também um fotógrafo profissional que postaria todas as fotos no site da editora. Profissionalismo é outra coisa.
- DIA 31 - EMILY GIFFIN
Nota: Depois que o dia finalmente terminou, percebi o quão megalomaníaco fui em tentar - e conseguir, diga-se de passagem - os autógrafos dos três em um só dia. Apesar disso, faria tudo de novo.
- DIA 05 - TAMMY LUCIANO
Fui especialmente esse dia para visitar por onde não havia passado, fotografar com calma e não perder nada de vista. Durante a semana, o movimento descomunal dos fins-de-semana é substituído pelas agitadas excursões escolares e esse é um dos efeitos que mais gosto na Bienal. Cada dia é um público diferente, um apelo diferente, um clima diferente para comprar, autografar e visitar. A Tammy esteve todos os dias na Novo Conceito, assinando, atendendo e vendendo seus livros e levei meu "Claro Que Te Amo". Ela é sempre agradável e simpática - se tiver a chance de conhecê-la, não perca a oportunidade - e minha mãe está mais que adorando a leitura do mesmo. Também tirou foto com todos que autografaram seus livros e postou em sua página no Facebook, para a comodidade dos mesmos.
- DIA 07 - VITOR E LU CAFAGGI
Em comemoração aos 50 anos da Mônica, está sendo publicada uma série de graphic novels de releituras criadas e desenhadas por cartunistas não muito conhecidos do grande público. Graças a um vídeo da Tatiana Feltrin, afeiçoei-me à proposta do "Turma da Mônica: Laços", criada pelos irmãos Vitor e Lu Cafaggi e logo no primeiro dia de Bienal, adquiri-o em capa dura. Dias depois, descobri que os próprios estariam por lá autografando - assim como os autores das outras edições publicadas - e resolvi não perder a oportunidade. Saindo do Evento Nerdfighter, fui ao stand da Panini e uma pequena fila de cinco pessoas se formava. Ao mostrar o exemplar a ser autografado e ganhar a senha, a atendente nos dava um chaveiro do selo em que as graphics estão sendo publicadas. Marcada para as 13h, a sessão começou com pouco mais de 20 minutos de atraso e a fila já estava enorme.
A cabine de autógrafos da editora fica bem no corredor principal do pavilhão, toda revestida de vidro e com um ar condicionado potente. A organização eficiente liberava as pessoas a entrarem aos poucos e, sendo um dos primeiros, não demorei a sair dali. Vitor e Lu foram acessíveis e gentis, fazendo do autógrafo algo único ao desenhar personagens - Lu fez o Floquinho e Vitor, o Cascão - e dedicar a obra. Um momento breve que guardarei com carinho, principalmente pela importância que Laços empreendeu em meio às minhas leituras. Mal posso esperar para acompanhar seus respectivos trabalhos!
A cabine de autógrafos da editora fica bem no corredor principal do pavilhão, toda revestida de vidro e com um ar condicionado potente. A organização eficiente liberava as pessoas a entrarem aos poucos e, sendo um dos primeiros, não demorei a sair dali. Vitor e Lu foram acessíveis e gentis, fazendo do autógrafo algo único ao desenhar personagens - Lu fez o Floquinho e Vitor, o Cascão - e dedicar a obra. Um momento breve que guardarei com carinho, principalmente pela importância que Laços empreendeu em meio às minhas leituras. Mal posso esperar para acompanhar seus respectivos trabalhos!
- DIA 08 - MAURICIO DE SOUSA
Sabe a história do megalomaníaco? Então, acho que isso se aplica perfeitamente ao considerar autografar um mesmo exemplar duas vezes. Mas era o Mauricio de Sousa, ora! No mesmo dia que descobri os autógrafos dos Cafaggi, vi que o pai de Mônica e cia. estaria lá no dia seguinte e resolvi arriscar. Dia 8, lá estava eu buscando informações na Panini e ninguém sabia absolutamente nada, um contraste absoluto daquilo que presenciara no dia anterior. Depois de muito tempo, um dos supervisores na área dos caixas me disse que, para conseguir a senha dos autógrafos, teria que comprar o lançamento "Chico Bento: Moço #1". No mínimo um absurdo o leitor ter que pagar por um autógrafo. Ainda descobri que depois estavam priorizando aqueles com criança, então além de comprar a revista, você precisava mostrar que estava com alguma. Não fazia sentido, até porque depois dali Mauricio iria para outro stand exclusivamente de produtos infantis autografar.
Sem saída, adquiri um exemplar e, somado ao mal humor da caixa que me atendeu - a grande maioria de funcionários no stand neste último dia de Bienal aparentava não ter a menor vontade de trabalhar -, a experiência não começou como uma das melhores. Logo após, vi que uma fila já se formava e novamente fui um dos primeiros. Não se sabe se o Mauricio veio de outro stand ou havia acabado de chegar, a questão é que ele também passou alguns minutos do previsto. Nada importou a partir do momento que ele começou a nos atender, um por um; éramos chamados e ele nos convidava a sentar ao seu lado. Mauricio foi atencioso e gentil, ágil em sua experiência em atender e surpreendeu-se com os autógrafos da Lu e do Vitor. Comentei que havia os conhecido no dia anterior e ele perguntou se eu já havia lido Laços, afirmei dizendo o quanto havia apreciado. Como eram muitos, a senha especificava que ele não desenharia, contudo ainda tenho esperanças de conseguir um Cebolinha me cumprimentando no futuro. Tiramos uma foto, agradecemo-nos mutuamente e cumpri um dos meus sonhos de infância.
Sem saída, adquiri um exemplar e, somado ao mal humor da caixa que me atendeu - a grande maioria de funcionários no stand neste último dia de Bienal aparentava não ter a menor vontade de trabalhar -, a experiência não começou como uma das melhores. Logo após, vi que uma fila já se formava e novamente fui um dos primeiros. Não se sabe se o Mauricio veio de outro stand ou havia acabado de chegar, a questão é que ele também passou alguns minutos do previsto. Nada importou a partir do momento que ele começou a nos atender, um por um; éramos chamados e ele nos convidava a sentar ao seu lado. Mauricio foi atencioso e gentil, ágil em sua experiência em atender e surpreendeu-se com os autógrafos da Lu e do Vitor. Comentei que havia os conhecido no dia anterior e ele perguntou se eu já havia lido Laços, afirmei dizendo o quanto havia apreciado. Como eram muitos, a senha especificava que ele não desenharia, contudo ainda tenho esperanças de conseguir um Cebolinha me cumprimentando no futuro. Tiramos uma foto, agradecemo-nos mutuamente e cumpri um dos meus sonhos de infância.
___________________________________________________________________________________________
Olá
ResponderExcluirMuito legal a divulgação que esta fazendo sobre os acontecimentos da Bienal. Eu que não pude ir pela distância e falta de dinheiro fico feliz em poder acompanhar um pouco nos blogs que visito.
Queria muito poder pegar um autografo com estas feras, vou ter q aguardar a próxima.
Estou seguindo seu blog para acompanhar as atualizações e sempre que puder fazer uma visita.
Abraços
http://reaprendendoaartedaleitura.blogspot.com.br/
Olá, Fernando!
ResponderExcluirAgradeço pelos elogios à série de posts, sua fundamentação é exatamente em transmitir o máximo que posso da experiência que tive na Bienal aos que não pode comparecer como você e pretendem no futuro. Mas rapaz, economize desde janeiro de 2015 e nos veremos lá.
O próximo post será bem textual - não que a maioria não seja, sei que escrevo bastante, rsrs -, detalhando as possibilidades de venda que encontramos por lá e as minhas compras.
Obrigado por comentar e volte sempre, até lá!
Oi Caíque!
ResponderExcluirAutógrafos são sempre bons assim como conhecer os autores pessoalmente.
O dia do Nicholas foi realmente muito bagunçado, sem um pingo de organização, mas eu faria tudo de novo para conseguir o autógrafo dele. *-*
A Tammy é uma fofa mesmo. Sempre com um sorriso no rosto e atendendo a todos com o maior entusiasmo. Adoro ela!
Beijos
Gabi Lima
http://livrofilmeecia.blogspot.com.br
Essa noção de que faríamos tudo novamente é muito louca, mas não quero sofrer um repeteco daquela bagunça não, sinceramente, rsrsrs. Obrigado por sempre comentar, um beijão!
ResponderExcluirÉ realmente complicado quando só podemos ir um dia, e se é final de semana, ferrou - apesar de que, nos dias de semana eram muitas excursões de escolas, então não tinha como fugir, rsrs. Estava lendo seu comentário com a maior seriedade até você me chamar de louco, levei um susto e comecei a rir xD
ResponderExcluirPra falar a verdade, meu maior objetivo em pegar esses autógrafos é a oportunidade; ela está lá e eu preciso aproveitá-la, mesmo que não curta muito o autor, não tenha lido nada ou coisa do tipo. Fico realmente triste por tanta gente sair com essa impressão de "legal, mas não tão legal" da Bienal por só ter ido uma vez e não conseguiu um dia bom...
Mas esse caos poderia ser amenizado; como você citou as sessões de autógrafos coincidiam muito e foi uma loucura quase que planejada. Afinal, quem não sabia que ia dar problema?
Enfim, obrigado por deixar sua opinião aqui, Lili, ela nunca deixa de ser imprescindível. Grande beijo e volte sempre!.