[Controle Remoto #3] Sobrenatural

A família Lambert, formada por Josh (Patrick Wilson), Renai (Rose Byrne) e os filhos Dalton (Ty Simpkins) e Foster (Andrew Astor), acaba de se mudar. Logo uma das crianças entra em coma de forma inexplicável, o que faz com que os pais descubram que a nova casa abriga um espírito do mal. Eles logo se mudam, mas rapidamente percebem que não era a casa que estava mal assombrada.

Não, não é a série de sucesso. Para contrabalancear o meu último 'Controle Remoto' que foi do filme 'Pânico', hoje trago a vocês o filme 'Sobrenatural' (Insidious) que eu vi neste final de semana. Aluguei-o na locadora, e como não sou nenhum expert em filmes de terror, pedi um auxílio e me indicaram este lançamento e aproveitei para usá-lo em minha 2ª experiência do "Agosto do Terror" aqui no blog.

Não é a casa que está assombrada. É o seu filho.

O filme cumpre bem sua função de "gelar a espinha", com momentos agonizantes e bem intencionais. Você é obrigado a tapar os olhos com as mãos, mas se permitindo abrir uma frecha entre eles para curtir a adrenalina das cenas, saber quem é que estava batendo na porta àquela hora da noite. Traga todos os travesseiros pra perto, você vai precisar.

Um dos efeitos bacanas é que há sustos tremendos nos momentos em que você menos espera. Estamos numa conversa casual, contando uma história ao outro talvez e (BOOM!) algo lhe surpreende, cortando totalmente o clima metódico da cena em questão, um susto de deixar qualquer um atordoado. Esse esquema de tensão-calma-tensão é típico, mas é muitíssimo gostoso de ver, pois quando você espera uma trégua do filme, lá vem ele de novo para te assustar mais do que antes.

Ele não está em coma. Eles não sabem como chamar isso.

Se você não ver a capa do DVD, ou qualquer meio de divulgação, você realmente irá pensar que há algo de errado com a casa velha para onde eles se mudam, o que seria normal em filmes desse gênero. Quem dera que houvesse algo de errado com a casa, aposto que seria bem mais simples de expulsar um espírito moribundo qualquer de uma casa do que trazer uma criança de volta do mundo deles.

Lin Shaye

A iluminação é pontual, funcionando para dar aquela liga que o filme precisa, conectando-se com trilha sonora, atuação e enredo para criar todo um ambiente propício e aterrorizante. Gostei especialmente da atuação da Barbara Hershley (Lorraine) e da Lin Shaye (Elise), todas interpretações estavam boas, só não gostei muito de Patrick Wilson (Josh), ele parecia meio "aéreo" em algumas cenas. Gostei do leve tom de humor de alguns personagens, apesar de achar que poderiam ser melhores sim, até os atores mirins estavam melhor que eles.
 

Seu filho não está em coma. Ele caiu em uma ladeira onde não se pode fazer nada. Seu corpo físico está aqui. Mas seu corpo espiritual não.

Barbara Hershley

O filme realmente deu certo no sentido terror, mas não é algo que se compare a outros grandes sucessos dos mesmos diretores, como 'Jogos Mortais' - criticado pelo Robledo no último 'Controle Remoto' - e 'Atividade Paranormal', mas é uma obra ótima e irá te prender a cadeira do começo ao filme, pois o roteiro foi muito específico nisso, ele não vai deixar você ter um minuto de descanso. Com poltergeists, espíritos e caçadores de fantasmas, as coisas não serão tão pacíficas quanto você deseja.

-Estou com medo, mãe.
-Medo de quê?
-Do Dalton [o que está em coma]. Eu posso trocar de quarto?
-Porque você iria querer trocar de quarto?
-Eu não gosto quando ele fica andando por aí à noite.

Título: Sobrenatural (Insidious).

Diretor: James Wan.

Gênero: Terror.

Duração: 1h e 42min.

Aproveitamento: Vale a pena assistir.