sábado, 25 de agosto de 2012

22ª Bienal do Livro de São Paulo - 2012

O que parecia impossível até para mim concretizou-se de uma maneira realmente especial na última sexta-feira (17/08), quando eu, a Gabi do Livro, Filme e Cia. e a Nanda do Julgue Pela Capa embarcamos em uma aventura de normalidade bem duvidosa em que fomos para São Paulo aproveitar um dia da Bienal da cidade. Isso mesmo, somente um dia. Apesar da exaustão, valeu muito a pena pela experiência, pelas fotos e pelos livros baratos, obviamente. Esse é o relato completo de nossa viagem, clique abaixo em "Continuar lendo" para conferir tudo e nas fotos para ampliá-las!


Pegamos o ônibus na Rodoviária Novo Rio à 00:15, no centro do Rio de Janeiro com destino ao Terminal Rodoviário Tietê, em São Paulo. O modelo convencional oferecia o básico das conduções próprias para viagens, mas o balanço e a limitada inclinação das poltronas impediram que dormíssemos mais que 40 minutos em todo o percurso de 6 horas. Chegamos ao Terminal Tietê pouco antes do horário estipulado, às 06:10. Fazia um frio terrível que nos fazia tremer da cabeça aos pés. Depois de algumas ligações - erroneamente, pois nossas operadoras nos cobraram absurdos - ficamos em um tipo de arquibancada tentando nos aquecer e comer alguma coisa, sonolentos e com 4 horas para aguardar a Bienal abrir suas portas.

Às 07:30 fomos em busca do ônibus que nos levaria até o Parque Anhembi, onde acontecia o evento. Seguindo ordens superiores - avós, pais e mães -, pedimos informações somente à pessoas especificas, como taxistas e policiais. Depois de andarmos razoavelmente e termos dado algumas voltas entorno do Terminal resolvemos que, devido a hora, seria melhor tomar o ônibus gratuito, que sairia perto dali às 9 horas. Acabamos por achá-lo e a fila ainda era pequena - por pouco tempo. A vontade de tomar um café carioca - preto, tradicional, sem espuma e no qual sou viciado - foi grande e, indo à fila avistamos um lugar que vendia, porém desistimos e entramos no ônibus pouco depois.

O Parque Anhembi se posiciona atrás do Terminal e é extremamente perto de onde estávamos, não ter que pagar R$3,00 para ficar menos de 5 minutos em um ônibus foi ótimo. O lugar era enorme e facilmente avistável, mas nada que se compare ao trio de pavilhões do Riocentro. Chegando nas bilheterias, meu cartão de estudante do Estado do Rio de Janeiro, um documento autenticado pela Secretaria de Educação, não foi aceito como comprovante da meia-entrada por não possuir data de validade. Apesar das minhas raivosas argumentações, paguei os R$12 da entrada inteira.

Havia uma fila bem extensa para entramos nos guichês e ficamos cerca de 40 minutos em pé aguardando a abertura dos portões. Assim que entramos, fora como voltar a setembro do ano passado na Bienal do Rio; todos os problemas, ânsias e preocupações desaparecem. Como iríamos passar o dia dentro do espaço, resolvemos partir para o stand da Editora Planeta, que tinha alguns bottons espalhados pelo local e para o stand da Grupo Record, que possuía uma mesa de livros por R$10. Os volumes com esse preço não nos chamam muita a atenção e a promoção dos livros da L.J. Smith já terminara e com os preços bem desanimadores, não ficamos ali por muito tempo. Não havia bottons na Editora Planeta, mas descobrimos que o Restart estaria autografando sua biografia na parte da tarde. Não mais pisamos ali.

O stand do Grupo Santillana (Suma de Letras, iD, Objetiva, Moderna e Salamandra) era bem extenso e com preços ótimos. Havia pockets por R$5, a maioria do Stephen King e acabei comprando "Christine",  aguardo há muito tempo conhecer a escrita do autor. Havia também "O Atlas Esmeralda" por R$10, porém comprei o meu tão aguardado "Escuridão" - com a capa nova e horrível, eu sei - por R$5 e então já havia ganhado o dia. Contornando o espaço, as prateleiras da iD recheavam-se lindamente, contudo só havia promoção para uma mesa com livros por R$10 de onde comprei um livro que me conquistou pela premissa, pela capa e pela sinopse e eu nunca havia o visto; "First Light".

Mais uma vez o point da Bienal fora o stand da Novo Conceito. Com iPads com acesso à Internet, WiFi liberado, tomadas dispostas para carregar quaisquer aparelhos e poltronas bem confortáveis, passamos um bom tempo ali. Havia também um quadro com o logo dos blogs parceiros, mas somente os que sabiam disso e enviaram seus logos; como não me mandaram e-mail e não cheguei a ver os alertas no Twitter, o LLM não estava lá, mas assinei pelo blog e adorei a ideia. Além de um "Starters" gigante, a autora Tammy Luciano (Garota Replay) nos recebeu com a maior atenção do mundo e simpaticamente, além das atendentes do stand.

Passeamos até encontrar a Intrínseca, outro lugar muito bem ornamentado. Com brindes por compra, livros por R$3 (Sudoku), R$5 (Linhas, Brilhos) e R$8 (Bela Maldade), além dos descontos progressivos, era difícil se controlar. "Cinquenta Tons de Cinza" dominava os olhares e acabamos encontrando a Ana Melo, uma amiga que adquirimos desde a Bienal do ano passado e veio de Londrina só para aproveitar o evento. Eu e a Fernanda compramos juntos e conseguimos ótimos descontos; o meu "Desejos dos Mortos", continuação de Ecos da Morte, saiu por R$18.

A Top Livros estava com um stand com todos volumes por R$10 cada, mas não achamos nada de muito interessante; depois ainda descobrimos outro stand da mesma com alguns mangás onde um livro saía por R$3 e quatro por R$4 - louco, não? A Panini sempre faz a felicidade das crianças e jovens, só não alegra o bolso dos pais. Contamos com estátuas em tamanho real do Batman e do Lanterna Verde de um lado, sem falar da Mônica gigante na outra ponta. O Submarino veio com uma premissa bacana: você escolhia o produto do stand que estava com um preço menor que no site e, através de sua conta, ele era entregue na sua casa. Por pouco não compro "A Dança dos Dragões"!

Falando em Guerra dos Tronos, havia uma réplica do Trono de Ferro no stand da Leya, ou seja, parada obrigatória para o Targaryen que vos fala! A editora tem uma fama de livros caros, porém alguns estavam com preços bem camaradas, como "A Menina Que Não Sabia Ler" por R$14. A Rocco era entrar para chorar, então vamos pular essa parte? Na Novo Século havia uma chuva de autores brasileiros promovendo suas obras, o que não acho ruim, entretanto, era complicado olhar os outros livros com quatro, cinco autores a cada três passos dados. Os que falaram conosco eram bem simpáticos e educados. Achei "Fade" por R$15 e comprei sem hesitar, a Nanda também comprou um livro e a Gabi outro, logo ganhamos uma ecobag da editora. Como a Gabi estava na fila para nós, se auto-denominou como "dona" do objeto. Honestamente.

A Nova Fronteira fez um marketing bacana do seu apogeu editorial, "The Casual Vacancy", o primeiro livro pós-Harry Potter da autora J.K. Rowling, com lançamento previsto para novembro deste ano; havia um imenso banner com a foto da escritora para tirarmos fotos e não perdemos a chance. Creio que eles poderiam ter aproveitado para divulgar algo mais do livro no evento, seja a tradução do título, se a capa brasileira será como a original. Foi divulgado que a autora Fernanda Saads, autora de "Do Seu Lado" da Novo Conceito, estaria autografando no dia em que fomos, quando na verdade seria a Tammy Luciano e ambas estariam em um bate-papo no stand antes da sessão de autógrafos. A Fernanda foi muito simpática conosco e autografo-os mesmo assim, tirando foto e tudo mais.

O bate-papo teve como tema "mulheres na literatura" e foi bem interessante, onde aprendemos muito mais sobre as escritoras e seu processo de escrita. Devo confessar que as poltronas confortáveis da Novo Conceito atenuavam nosso cansaço e a terrível sede que eu estava sentindo. Saindo de lá e com algum tempo até a sessão de autógrafos da Tammy, não pude suportar a escassez da minha garrafa e comprei uma garrafa de água por R$2,50; já que não havíamos encontrado um bebedouro se quer em lugar algum. Só foi atravessarmos um corredor e o achamos. A Tammy é uma fofa carioca que dá muita atenção aos seus leitores e mesmo não tendo lido seu livro, devo passá-lo na frente de alguns pela curiosidade que fiquei.

Ainda encontrei um stand com a edição da Abril de clássicos por R$9,90 cada, quem dera pudesse levar todos! Gostaria de levar algum da Jane Austen para minha mãe, mas não havia nenhum e acabei adquirindo "Hamlet / Rei Lear / Macbeth" de Shakespeare com o texto no estilo original para teatro. Antes de irmos embora, passamos na Intrínseca mais uma vez e compramos alguns livros juntos para angariar descontos, e o meu fora "O Poder dos Seis", continuação de Eu Sou o Número Quatro, por R$17; havia como sair triste de lá? Despedimo-nos da Bienal com um saldo-médio de 8 livro para cada, e o mais caro que comprei foi R$18! O trajeto de volta foi tranquilo no ônibus-leito, próprio para dormir com direito a lanche, cobertor, cadeiras maiores, melhores e ainda mais reclináveis. Dormimos instantaneamente e ao chegarmos no Rio, acordamos renovados. Até porque o Rio de Janeiro continua lindo

Obrigado por acompanhar este post longo e mais ainda por estar lendo e fazendo parte desta aventura que com certeza marcou a história de nós três. Comente o que achou e até o ano que vem com a Bienal do Rio!

5 comentários:

  1. Caíque, que bacana saber que vocês estiveram por nossas terras! hahah Espero também poder ir à Bienal do Rio de Janeiro no ano que vem.
    E, uau, vocês chegaram aqui muito cedo :o Imagino que essa espera até chegar à Bienal tenha sido extremamente cansativa, mas válida, se pensarmos no propósito maior da coisa.
    Eu só pude ir no dia 19, último domingo, e adorei cada instante lá, apesar de já estar super cansada do dia anterior, no qual eu tinha rodado a cidade de São Paulo a pé e de metrô. hahaha
    A Suma estava com ótimas promoções mesmo, e não resisti a comprar um livro de R$10,00 na Record. hahaha Quando eu fui no da iD, não tinha mais "Firelight", chateada :/ E eu queria ter comprado "Linhas" a R$5,00, mas quando eu cheguei na Intrínseca só tinha "Bela Maldade" a R$8,00...
    Apesar de todos os empecilhos e problemas que nós eventualmente podemos enfrentar, a Bienal é um negócio que vale a pena para qualquer leitor apaixonado e que, venhamos e convenhamos, tem um significado ainda mais amplo para quem é blogueiro.
    Beijão!

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  2. Oi Caíque!!
    Foi uma super aventura e eu não me arrependo de nada. A Bienal estava linda, mas ainda prefiro a do Rio. rsrs
    Foi sacanagem não terem aceitado o seu cartão de estudante, mas pelo menos economizamos no ônibus, mesmo que o tanto que nós andamos procurando o ponto dava pra ir e voltar da Bienal. rsrs
    O ônibus leito estava uma beleza, né? Agora só ando nesse ônibus (só falta o dinheiro pra isso. rsrs)

    BJs
    Gabi Lima
    http://livrofilmeecia.blogspot.com

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  3. Eu li o post todo!!!!
    Caíque, por que não avisou que viria para SP para Bienal, podia ter dado algumas dicas!!!
    Ahhh!!! Tem saída de ônibus a noite para SP da Rod. de Campo Grande. Não sei se era a questão do horário, vaga, preço, ou se era por conta das outras acompanhantes morarem perto da Novo Rio. Mas fica a dica para outras vindas a Sampa.
    Que bom que aproveitou o passeio, mas concordo com vc que ainda acho a Bienal do rio maior com seus três pavilhões.

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  4. Oi Caíque!

    Super legal sua aventura em São Paulo, fiquei babando pela Bienal de SP, mas todos sabemos que a do Rio é bem maior e mais prestigiada, sem desmerecer a edição de SP, nos encontramos lá!

    ;*, depois passa lá!

    Matheus, Bobagens & Livros

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  5. Que legal!!! Que pena que eu não fui à Bienal... Queria comprar vários livros que estavam tão baratinhos...:(
    E que legal que você conheceu a Fernanda Saads e a Tamy Luciano. Ainda não li o livro delas, mas logo logo lerei. Me interessei mais pelo da Fernanda Saads, mas quero ler também os da Tamy...

    Beijos

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