domingo, 4 de março de 2012

[Entrevista] Ana, blogueira do "Things mean a lot"

Conheci a Ana (Things Mean a Lot) em meio a meus passeios por blogs estrangeiros. Depois de um breve período de contato, ela concordou em conceder-me a entrevista que lhes apresento hoje. Não deixem de lê-la e de perceber as sutis - e não tão sutis - diferenças entre a nossa blogosfera e a comunidade internacional.

01. Quando você percebeu que queria se tornar uma blogueira literária? Por que você decidiu transcender a experiência de leitura por meio do compartilhamento das suas impressões e pensamentos com outros leitores mundo afora?

Isso pode soar estranho, mas tornar-me uma blogueira literária foi mais um processo do que uma decisão deliberada - o que dificulta a tarefa de apontar o momento específico em que isso aconteceu. De certa forma, acredito que isso revelou-se bastante favorável: toda a pressão atualmente relacionada à tarefa de ser um blogueiro da literatura provavelmente me assustaria e me afastaria da tarefa, se eu estivesse começando agora. Quando comecei, tudo era mais casual, mais relaxado. Meu blog iniciou-se porque eu decidi participar de um desafio literário dedicado à mitologia, ao folclore, aos contos de fada e à fantasia na primavera de 2007, e, naquele tempo, eu realmente não tinha certeza se conseguiria manter-me firme a longo prazo. Todavia, quando o desafio atingiu seu fim, eu percebi que me divertira demais para que simplesmente parasse. Acredito que isso significa que tornei-me uma blogueira por acidente. O que me fez permanecer na blogosfera foram exatamente os leitores provenientes de lugares diferentes do mundo que você menciona: meus amigos "da vida real" não eram exatamente grandes leitores, e conhecer pessoas que compartilhavam da minha obsessão com livros foi maravilhoso.

02. Se você pudesse apontar um único propósito para a existência do seu blog, qual destacaria? Você mantém um blog porque sente necessidade de escrever sobre o que ama? Ou você tem o desejo íntimo de compartilhar os prazeres da leitura?

Como levei a crer na minha resposta anterior, uma grande parcela da minha motivação é social. Mantenho o blog por diferentes motivos - como suspeito que muitas pessoas o façam -, mas creio que, se eu tivesse de apontar meu propósito com brevidade, diria que é o seguinte: usar livros como um gatilho, um incentivo para a discussão de outras coisas que interessam a mim, e também fazer isso de maneiras que permitam que eu me conecte com outras pessoas.

Esse tipo de conexão pode apresentar-se de variadas formas: há pessoas que interagem diariamente comigo por meio de comentários, e cujos blogs eu sempre leio; há amigos com quem me correspondo regularmente fora do blog e com quem desenvolvi um nível de afeição pessoal; há pessoas que me mandam e-mails com pensamentos gerais, perguntas sobre o que ler em seguida, pedidos de recomendações literárias; há os leitores que podem passar anos - ou o tempo todo - sem se comunicar comigo, mas que julgam meu blog útil ou significativo de alguma forma; há os autores que eu admiro e que, ocasionalmente, dão as caras e tornam meu dia mais feliz; etc.

Tudo isso intensifica os prazeres da leitura, mas também os da simples conexão humana. Eu sempre digo que, se você fala sobre livros por tempo suficiente, eventualmente tudo que o sol pode tocar vai se revelar, e, com o passar dos anos, essa afirmativa revelou-se verdadeira mais e mais vezes. Eu realmente valorizo todas as conversas que tive graças ao blog. Elas permitiram que eu crescesse como pessoa de formas que provavelmente não seriam possíveis se eu fosse uma leitora isolada.

Por fim, você mencionou a necessidade de escrever, e esse é certamente um fator. Ultimamente, eu sinto que o processo de ler um livro está incompleto até que eu sente e escreva sobre ele. Assim como eu uso o blog para conectar-me, eu amo o fato de que ele me motiva a escrever.

03. Não há uma caixa do Google Friend Connect no seu site - o que significa que, quando leitores aproximam-se da sua página pela primeira vez, eles não são imediatamente convidados a tornar-se seus seguidores. Qual é a ideologia por trás dessa atitude? Você julga que números sejam sem sentido ou desimportantes no contexto de ser um blogueiro?

Não tenho uma caixa do Google Friend Connect, mas tenho um grande ícone para inscrições em RSS e um gadget para inscrições por e-mail, o que significa que, se alguém quer seguir o meu blog regularmente, facilmente encontrará maneiras de fazê-lo.

Nunca adotei o sistema do GFC porque a sua natureza pública sempre deixou-me desconfortável. Não me refiro especificamente ao fato de que ele expõe seu número de seguidores (pessoalmente não estou muito confortável com isso, também, mas não tenho nada contra quem publica seus números), mas ao fato de que você pode ver quem o seguiu e quem o abandonou. Twitter e Facebook já adicionam pressão suficiente às nossas vidas nesse sentido - eu não preciso que o meu blog se torne outra rede social. A decisão de seguir ou parar de seguir um blog deveria ser particular, e exibi-la publicamente parece-me muito intrusivo. Também me desagrada o fato de que o Google Friend Connect pede que pessoas tenham contas no Google, enquanto, com o RSS, eles podem me seguir por meio do leitor de feed que julgarem mais conveniente.

Quanto aos números, pessoalmente acredito que eles não são, em absoluto, a coisa mais importante. Novamente, não há nada errado com quem é bem-sucedido e aproveita esse fato, mas eu realmente preferiria ter um número pequeno de leitores pensativos e comprometidos com os quais me sinto conectada do que ter 2000 seguidores que foram coagidos a me seguir unicamente porque isso era necessário para concorrer a um livro altamente desejado, por exemplo.

04. Muitos blogueiros avaliam os livros lidos por meio de um sistema de avaliações de cinco níveis, por meio do qual um livro pode receber 1, 2, 3, 4 ou 5 estrelas - quanto mais estrelas, melhor. Você, entretanto, não usa esse sistema, nem nada similar a ele. Por quê? Por que não julga numericamente os livros que lê?

Eu realmente não posso dar notas - já tentei, mas não consigo. Meus pensamentos em relação a livros são complexos e, frequentemente, até contraditórios; então, como posso traduzi-los em um número? Admiro aqueles que conseguem, mas é algo além da minha capacidade. Às vezes avalio livros no LibraryThing, e o que percebo é que minhas avaliações tendem a ser bastante homogêneas, falhando completamente na tarefa de englobar as nuances da minha opinião sobre o livro em questão. Nem todas as notas 4 são iguais. Dessa forma, eu prefiro manter as notas numéricas completamente fora do meu blog e escrever 2000 palavras explicando minha ambivalência. :P

Uma razão mais filosófica: minha relação com as resenhas não é verdadeiramente orientada no sentido de questões como "Quão bom é este livro? Outras pessoas deveriam lê-lo?". Essas questões não são inúteis, mas eu prefiro muito mais discutir as ideias por trás do livro, o que ele nos diz sobre a Vida, o Universo e Tudo, do que prolongar-me dizendo se eu o avaliaria positiva ou negativamente. Notas seriam uma distração para o tipo de conversação que quero que meu blog seja.

05. Qual é a lição mais importante que você aprendeu através dos seus anos de blogueira? Você acredita que atingiu o seu auge, ou você ainda consegue contemplar um longo caminho de aprendizado à sua frente?

Não acredito que pararei de aprender - se isso acontecesse, as coisas certamente tornar-se-iam paradas e entediantes muito rápido! Meu blog continuará a evoluir enquanto eu continuar a evoluir, o que é uma coisa boa. Em termos de popularidade, acredito que meu auge já esteja no passado, mas estou feliz com o que o meu blog é hoje, ainda que ele seja bem menor do que era um ou dois anos atrás.

Sobre a coisa mais importante que aprendi, talvez tenha sido que as vozes individuais importam: às vezes, até as menores coisas que você diz ou faz podem afetar outros de maneiras inesperadas. Ter uma voz e usá-la definitivamente vale a pena - você pode nunca mudar o mundo, mas você também pode mudar o mundo de alguém. Isso soa vago e levemente pretensioso, não? Perdão; é só que a coisa mais satisfatória, a coisa que mais me tornou humilde nisso tudo, foi perceber que minhas palavras poderiam ser importantes para outras pessoas. Cinco anos depois, ainda tenho dificuldades em assimilar essa verdade.

06. Finalmente: qual é a diferença entre Ana, a leitora, e Ana, a blogueira? Você sente falta dos dias em que não tinha um blog?

Ana, a leitora, pode ser mais sarcástica e impaciente do que a blogueira jamais se permitiria ser. Quando eu não gosto de um livro, eu o digo, mas eu tento fazê-lo de forma a não menosprezar ninguém que pode se sentir de forma diferente. Entretanto, na privacidade da minha cabeça, eu posso me entregar a doses saudáveis de sarcasmo e malícia.

A única coisa da qual sinto falta em relação aos dias em que eu não tinha um blog é a liberdade para estruturar meu tempo da maneira que eu quisesse. Escrever uma média de quatro posts por semana durante cinco anos requer quantidades enormes de comprometimento e disciplinas. Eu persisti na blogosfera enquanto tentava conquistar meu diploma, tendo um trabalho de meio-período em concomitância; enquanto tinha uma faculdade integral com uma dissertação de mestrado incluída; e, durante todo esse tempo, nunca tive nada mais do que raros períodos de um mês de ausência.

Gosto do fato de que me forço a ser produtiva mesmo quando me sinto cansada ou preguiçosa, mas, às vezes, eu preciso deixar tudo pra lá e dar-me ao luxo de não fazer nada - então, eu me dou a permissão para fazer um intervalo quando este me parece necessário. Além disso, todo o tempo que eu dediquei ao blog (e vale a pena lembrar dos brainstormings e de todo o processo mental de criação) sinaliza que outros dos meus hobbies foram largados ou semiabandonados. Tenho tornado-me melhor em encontrar um equilíbrio no último ano, mas, por um tempo, os livros e o blog meio que tomaram conta da minha vida.


A entrevista original foi feita em inglês, e a tradução é de minha responsabilidade. Agradecemos à Ana por sua imensurável boa vontade, e esperamos que as diferenças ideológicas entre a blogosfera brasileira e a internacional sirvam como gatilho para boas discussões!

16 comentários:

  1. Concordo com ela sobre atribuir notas aos livros. É uma coisa que não consigo mesmo fazer nas minhas resenhas, e só dou estrelinhas no Skoob por questão de hábito.

    A blogosfera internacional deve ser diferente do Brasil mesmo, porque o hábito da leitura por lá é maior. Assim, fica mais fácil achar leitores fiéis e que discutam livros com mais fervor.

    Abraços,
    Miriam - Booker Queen!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. A questão das notas é realmente verdadeira, Miriam... Eu adoto o sistema porque sei que há quem leve em alta consideração a avaliação numérica de um livro, mas já pensei em abandoná-lo várias vezes. O único empecilho é o que você citou: a nossa blogosfera não é igual à blogosfera internacional, e nem sempre você pode fazer tudo aquilo que quer. Às vezes, é preciso adaptar-se às preferências dos seus leitores, deixando suas próprias ideologias de lado por um tempo. Quando o LLM firmar-se como uma página conceituada, podemos pensar em retirar a avaliação numérica... Por ora, entretanto, é melhor mantê-la.

      Grande abraço, Miriam!

      Excluir
  2. Gostei muito da entrevista! Super bem elaborada :D

    Beijos :*
    Natalia. http://www.musicaselivros.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  3. muito lgl a entrevista! achei incrivel como ela eh disciplinada com os posts e conseguiu se organizar entre o blog e a vida pessoal durante esses 5 anos! tem q gostar e se dedicar muito msmo! ^^

    --
    hangover at 16

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. É verdade, cara. E, pelo que pude perceber, ela não é a única. A blogosfera internacional é repleta de blogueiras disciplinadas, algumas delas capazes de fazer duas ou três resenhas por semana. Conciliar a vida pessoal e o blog é algo que ainda preciso aprender a fazer, mas ler as palavras da Ana só me motiva a continuar tentando manter o blog atualizado regularmente. Ana me inspira. Muito.

      Abraço!

      Excluir
  4. Oiii *-* Poucas entrevistas eu leio completas e essa eu li, rs. Adorei! Mesmo :D Não ando muito por blogs internacionais e nunca tinha ouvido falar desse por isso, mas gostei muito dela e das opiniões dela, rs.
    Me senti melhor quanto ao fato de detestar dar notas em estrelas, mas faço no skoob pq acho quase uma obrigação HIAUHSEIUHASE' Só que sempre é meio estranho por ter muitas opiniões na cabeça, rs.
    Gostei muito da entrevista mesmo :) Se vierem outras, com certeza lerei ;)

    Beijo, Nanda
    www.julguepelacapa.blogspot.com

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Que bom que você gostou da entrevista, Nanda! Se você lê em inglês, não deixe de visitar a blogosfera internacional: é dela que eu tiro vários princípios que aplico ao LLM, e é nela que me inspiro quando me sinto desanimado, indisposto ou receoso quanto ao prosseguimento da rotina do blog. O pessoal de lá é muito mais disciplinado e, quase sempre, bem mais focado em conteúdo do que em números. Sei que nossas sociedades são diferentes e que a leitura é um hábito muito mais comum nas terras estrangeiras, mas acho insensato não ponderar sobre os costumes de blogueiros estrangeiros, aprendendo com eles.

      Virá mais uma! Fiz perguntas diferentes a uma blogueira estrangeira chamada Iris, e vocês terão a chance de conhecê-la muito em breve.

      Um beijo!

      Excluir
  5. Achei essa entrevista uma das mais interessantes que já li nos últimos tempos!
    Pra começar, me sinto exatamente da mesma forma que a Ana em relação a algumas coisas, como por exemplo, a avaliação de um livro! Nunca dei notas de 0 a 5 no meu blog, simplesmente porque não consigo avaliar um livro por números! Eu até o faço no Skoob, assim como ela disse que também o faz usando uma ferramenta parecida, mas dentro dessas notas em que eu avalio algo como 4 ou 5, eu poderia facilmente separá-los em uma nova categoria completamente diferente dentro do mesmo grupo a qual pertencem.. Nem todo livro que dou nota 5, é tão bom quanto outro 5 que posso vir a dar! Nesse caso me sinto basicamente da mesma forma que ela descreveu, e o propósito acaba não sendo atingido. Então prefiro explicar através de palavras as minhas impressões em relação a cada um deles, atingindo nuances que seriam impossíveis através de valores numéricos.
    Muitas das coisas pela qual ela passou, acabam sendo comuns a maioria de nós, como por exemplo tentar conciliar a vida de blogueira, com o resto de nossas atividades... não é fácil, requer muita disciplina, mas quando fazemos algo por prazer fica muito mais fácil!
    Achei muito interessante o fato dos números! Acho que o objetivo de um blog é que ela seja lido, independente da quantidade de seguidores, também prefiro 100 pessoas interessadas no que falo, do que 2000 ausentes, porém não me vejo deixando essa ferramenta de lado (GFG ou outra qualquer) pelo simples fato de que gosto de ter uma ideia da quantidade de pessoas atingidas! Não me iludo, sei que muitas nem sequer passam por ali, mas as vezes uma promoção ou algo do tipo, serve como porta de entrada para que outros leitores que primeiramente podem ter se sentidos atraídos apenas pelo prêmio, possam futuramente interessar-se pelo que tenho a dizer, e através desse meio conhecer o meu trabalho!
    Enfim, achei muito interessante as palavras da Ana, e adorei conhecer um pouco mais sobre ela! Se mais pessoas da nossa blogosfera tivessem a mesma maturidade, tenho certeza de que a qualidade do conteúdo aumentaria, e muito! Porém não podemos esperar o mesmo tipo de postura de pessoas provenientes dos dois países em questão! Acho que já pelo fato do Brasil - um país em que uma parcela esmagadora da população não tem o hábito da leitura - ter um grande número de pessoas interessadas em criar e seguir blogs literários, consiste num grande avanço que me deixa imensamente feliz! Certamente ainda temos muito a aprender, mas esse é um processo contínuo, por enquanto me sinto satisfeita em pelo menos constatar o interesse cada vez mais dos brasileiros pelo assunto.
    Beijos e parabéns pela entrevista! ^^

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Muito obrigado por seu grande - em vários sentidos - comentários, Duda! Creio que nós todos temos muito a aprender com a blogosfera internacional, e parece-me que o objetivo da entrevista foi plenamente atingido. A diferença entre os nossos costumes e os hábitos deles me salta incrivelmente aos olhos, e eu gosto da oportunidade de repensar coisas que encaramos como cotidianas. Qual blogueiro tiraria o Google Friend Connect de sua página por livre vontade? A verdade, creio eu, é que ainda somos muito vaidosos, rs. Seguindo o raciocínio da Ana, acho bem mais fácil medir a quantidade de pessoas atingidas por meio do feed e das inscrições por e-mail. É por isso que, nas próximas promoções do LLM, pretendo retirar a regra de seguir o blog. Prefiro conseguir três~cinco seguidores realmente compenetrados por semana a obter 60 fantasmas em um único dia! Milhões de seguidores tornam um blog impressionante, mas só no que tange à sua camada mais externa - quando o que sustenta uma página é, na verdade, a sua essência.

      Conforme disse à Miriam neste mesmo post, concordo com tudo que foi dito em relação à avaliação numérica. Ainda não estou disposto a abandoná-la, mas reconheço humildemente que uma resenha completa diz muito mais sobre os pormenores de um livro do que uma nota bruta.

      Em breve, entrevistaremos também uma outra blogueira estrangeira, chamada Iris. Espero que as concepções dela também lhe interessem, Duda!

      Grande beijo e até!

      Excluir
  6. A entrevista foi boa, mas sinceramente poderia ter feito perguntas muito mais interessantes, achei as perguntas muito manjadas. A blogosfera brasileira tem cada dia um barraco, cada dia uma crítica, cada dia um deboche e a internacional? Pra mim ficou muito vago com esse papo, óh seu interesse em compartilhar seu prazer pela leitura, desculpa, mas tá mais pra muita filosofia e pouca informação.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Acontece que é justamente esse o nosso propósito, Walter! :-)
      Não queremos ver qual blogosfera é mais badalada, ou conhecer os "barracos" da comunidade internacional; em vez disso, queremos conhecer a motivação dos blogueiros de lá, suas ideologias e seus preceitos. Afinal, não temos muita coisa a aprender com barracos, não acha? As "filosofias" (usando um termo seu) são muito mais interessantes para quem quer trazer coisas novas para seu próprio blog!

      Muito obrigado pelo comentário!
      Um abraço.

      Excluir
  7. Oi, Robledo!

    Muito legal a entrevista! Como eu não leio livros em inglês eu não costumo visitar blogs estrangeiros. [Até porque fico 1 ano pra conseguir ler os posts e entender alguma coisa '-' inglês ruim! :(] Muito válida a opinião dela sobre o GFC! Leitores fiéis são muito mais importantes que números. E, por vezes, mais estimulante. Gostei bastante das respostas dela. Se o blog dela fosse brasileiro eu visitaria frequentemente, com certeza! hehe. Ou então, eu deva aprender inglês logo, rs.

    Beijos,
    Amanda || Lendo & Comentando
    ^_^

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Que pena que você não lê em inglês, Amanda! Poxa, tente aprender! É uma forma de ter acesso a livros e sites incríveis, e eu não consigo absorver a ideia de que alguém não possa se apaixonar pela Língua Inglesa, haha. Caso precise de qualquer ajuda, basta entrar em contato!

      Obrigado pelo seu comentário!
      Beijão :-)

      Excluir
  8. Oi Robledo.

    Curti e MUITO a entrevista com a Ana. Realmente é uma oportunidade ímpar de conhecermos a blogosfera fora do âmbito nacional.
    Me identifiquei com algumas respostas, como quando ela diz que entrou nesse "meio" por acaso, por causa de um desafio. Não foi exatamente pelo mesmo motivo que o dela que eu entrei, mas também foi por acaso, rs.

    Gostei muito da postura dela ao falar sobre números e sobre o GFC. Concordo em parte com o que ela diz, considero muito mais importante estar envolvida no meio de pessoas que eu prezo em ter uma discussão saudável pelo gosto em comum do que temos (os livros de forma geral) do que ter um número gigantesco de seguidores pelo simples fato de oferecer, em barganha, livros pelas "seguidas" e "curtidas". Mas acredito que a "pressão" de ter número é muito mais forte aqui do que lá fora! (essa é a sensação que eu tenho!).

    Sem mais delongas, obrigada pela oportunidade de conhecer um pouco mais da blogosfera internacional. Desculpa a ausência, mas essa semana no trabalho foi particularmente exaustiva!

    Beijos e até breve!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ah sim...já ia me esquecendo..a questão de classificação de livros. Foi um dos pontos que eu mais gostei da entrevista e já estava deixando de lado, rs.

      Como a Ana, também não coloco classificação para os livros. É extremamente exaustivo realizar tal ação (ao meu ver) pq no caso, sentiria-me muito mais na obrigação de justificar o porquê de dar uma nota 5, por exemplo, em um livro de chick-lit e, logo em seguida, dar a mesma nota para os livros do Tolkien. São gêneros totalmente diferentes e no entanto, ambos me agradam. Mas acho injusto colocá-los no mesmo patamar, entende?

      Enfim...apenas gostaria de deixar registrada mais essa informação, rs.

      Até logo!

      Excluir
    2. Não se preocupe quanto à sua ausência, Lygia! A universidade também me tem consumido todo o tempo livre, de forma entendo perfeitamente os motivos do seu afastamento.

      Quanto aos pontos centrais do seu comentário: não posso deixar de concordar com a observação relacionada à pressão para que tenhamos números melhores. Eu tenho grande pretensões de aproximar o LLM de paradigmas que estabeleci com base em observações de blogs nacionais e estrangeiros, mas muitas vezes sou limitado pela obrigação que temos de manter números impressionantes. Há editoras que olham o seu número de seguidores e, com base nele, leem ou não um os seus posts... Mudar a atitude do seu blog pode não ser, nesse sentido, um mar de vantagens.

      E, assim como eu disse a outros comentaristas, a avaliação numérica é uma pulga atrás da minha orelha. Cada vez mais tenho vontade de suprimi-la do LLM, mas frequentemente sinto como se fazer isso fosse uma afronta à tradição. Será que os leitores reagiriam bem? As resenhas teriam o mesmo impacto sem aquele número que tudo sintetiza e que pode impressionar mais do que quatro parágrafos de texto?

      Tudo que a Ana falou só me provoca mais e mais reflexões sobre as imperfeições e as vaidades da nossa blogosfera... Espero realmente viver para ver a ascensão de um modelo menos ostensivo e competitivo, baseado em princípios mais perenes e humildes.

      Grande abraço!

      Excluir

A sua opinião é mais do que bem-vinda aqui no blog. O único pedido é que você seja cortês ao expressá-la, evitando o uso de termos ofensivos e preconceituosos. Assim, todos poderemos manter uma discussão saudável e bastante proveitosa. Obrigado!