sábado, 5 de novembro de 2011

Palavras sobre palavras: o egoísmo X a possibilidade de difusão da leitura

Quando Caíque postou sua eloquente análise sobre a situação do hábito de ler no território brasileiro, percebemos que houve grande identificação entre o conteúdo exposto e as idiossincrasias dos nossos comentaristas. De uma forma geral, todo mundo conhece alguém que nunca leu um livro inteiro por vontade própria, ou que tem uma vontade inexplorada de dar o primeiro passo rumo às veredas da leitura. Contudo, percebamos ou não, a verdade é que assumimos uma postura passiva em relação a esses casos, aceitando com complacência o fato de que alguns indivíduos simplesmente não são apaixonados pela literatura. Será que não estamos ignorando completamente a influência que nós, leitores assíduos, podemos exercer sobre os demais?

Sub-repticiamente, esse estranho egoísmo começa quando estamos lidando com nossos próprios exemplares. Como a maioria de vocês, eu desenvolvo um apreço muito grande pelas publicações que se encontram na minha estante, gostando de vê-las em bom estado de conservação. Não obstante, seria errôneo afirmar que eu sou perdidamente dependente de cada livro que se encontra nas minhas queridas prateleiras - eu tive boas e más experiências de leitura, e certamente me deparei com histórias que não me encantaram tanto quanto outras. Isso acontece em qualquer arte e é parte natural do processo que burila o senso crítico e o gosto. A questão aqui é: se você não desenvolveu um laço inexorável que o prende a certos exemplares, por que mantê-los acumulando poeira na sua estante, esperando que alguém, algum dia, se disponha a folheá-los? Sobretudo: por que fazer isso se você tem consciência de que nunca mais vai ter contato com aquelas palavras? Não responda um lacônico "nunca se sabe" - sejamos realistas.

A aceitação do fato de que podemos estar supervalorizando nosso acervo pessoal é algo incômodo, mas absurdamente vantajoso. Sempre há aquele exemplar que não dialoga com a nossa memorabília, mas que guardamos por questão de orgulho, porque é bom dizer, em alto e bom som, que amamos os livros. O que ignoramos, todavia, é que esse mesmo exemplar pseudoimportante pode encantar outros leitores, ou até mesmo conduzir principiantes rumo à eterna escada do prazer literário. Unir as duas pontas dessa reação é facílimo: praticamente todas as bibliotecas do mundo aceitam doações de exemplares; sebos também estão sempre dispostos a comprar aquilo que você lhes oferece.

Uma iniciativa bastante memorável é o projeto Esqueça um Livro. Deixando os detalhes da corrente de lado, a proposta é que você abandone algum livro seu em um lugar público, acompanhado por uma pequena nota explicativa. Muita gente tem vontade de ler mas não tem dinheiro para começar o desenvolvimento desse hábito; ao fazer essa espécie de doação indireta, você pode estar contribuindo imensamente para o recrudescimento do poder da imaginação de alguém. Há riscos? É lógico. Alguém pode encontrar o seu livro e queimá-lo? É lógico. Mas, meu caro, a vida é uma aquarela de riscos, e você sempre tem de estar disposto a encará-los. Mesmo que leve um tempo, uma hora a coisa dá certo e você é serenamente invadido pela sensação de dever cumprido.
Esqueça um livro.
Percorrendo outros pormenores da nossa relação com os exemplares, é fácil encontrar outras situações em que somos exageradamente egoístas ou orgulhosos. Nosso sonho é um mundo em que todos leiam, mas nos contorcemos se alguém nos pede um livro emprestado. Reclamamos constantemente sobre o desinteresse geral em relação à literatura, mas fazemos cara feia quando estamos lendo e alguém nos interrompe para fazer uma pergunta sobre a obra em si. Descartamos sumariamente a premissa de que um discurso entusiasmado sobre a leitura em questão pode transmitir animação ao nosso interlocutor, fazendo com que ele também se interesse pela história. Preferimos a manutenção da nossa paz e do nosso sossego ao possível surgimento de uma fagulha de interesse em outra pessoa.

Parem e percebam. Ao redor de cada um de nós, há um sem-número de potenciais leitores esquecidos - pessoas que só precisam de um pequeno empurrãozinho para que comecem a navegar por mares nunca dantes navegados. É claro que, ao manter um blog literário, nós já fazemos uma tremenda diferença nesse sentido. Mas será que precisamos realmente parar por aí? Não, não precisamos. A cada minuto e a cada hora, surgem dezenas de oportunidades de contagiar outras pessoas com a paixão pela literatura, e nós as ignoramos com rispidez. É preciso lembrar que uma obra não foi feita para agradar unicamente a você - aquele exemplar esquecido na sua estante, ou esse livro que você está lendo na cadeira do ônibus e que despertou a curiosidade da moça ao seu lado... Esses conjuntos de palavras e linhas e sonhos têm um poder universal. E eu garanto: a sensação de ver alguém começar a ler por sua causa é muito mais gratificante do que o prazer de olhar para a estante e perceber que certa publicação continua lá, intocada há anos, sem uma única orelha.


Palavras sobre palavras é uma coluna semanal de crônicas sobre a literatura, feita por mim (Robledo) aos sábados. Você pode enviar sugestões de temas para crônicas pela nossa caixa de sugestões, disponível na página de contato.

14 comentários:

  1. Oi Robledo!
    Como sempre, um ótimo ponto de vista abordado de uma maneira muito bem escrita e estruturada!
    Você despertou uma reflexão importante e aquela famosa pulga atrás da orelha, que nos faz parar pra pensar em nossas próprias atitudes.

    Dizendo por mim, sou daquelas que prefere trocar ou mandar para um sebo os livros que não gostei ou que não tenho interesse em ler. Prefiro mandá-los adiante do que deixá-los inuteis em minha estante.
    Quanto aos que gostei, esses sim são meus "orgulhos", meus "troféus", e eu não abriria mão deles de maneira definitiva, simplesmente porque quero ter minha biblioteca, meu acervo pessoal e não vejo isso de uma maneira negativa. Até porque, seria mentira dizer que não penso no dia em que me tornarei mãe e quero que meus filhos tenham opções de leitura, quero mostrar a eles as obras que me encantaram e procurarei os estimular a ler o máximo possível!
    Acho que há um problema muito maior por trás do fato de muitas pessoas não lerem ou não terem acesso à leitura e nos privarmos dos nossos itens mais estimados para que o outro leia, pra mim, não é a solução mais justa, por mais bela e altruísta que seja. Sei que não foi o isso que você defendeu na crônica, foi só uma idéia a ser refletida! Ainda, por mais que eu tenha esse sentimento de possessão, de querer manter meus livros, não significa que isso ocorra com todas as pessoas. Acho que é uma idéia muito válida aos que não tem esse apego.
    De qualquer forma, eu concordo que não podemos nos acomodar pensando que esse é um problema muito mais governamental do que nosso e devemos sim pensar que pequenas atitudes que podem ser feitas por nós fazem a diferença.
    Assim, acho que podemos muito bem estimular conversas calorosas sobre a literatura, ao invés de nos resguardamos em nosso silêncio solitário durante uma leitura, ou emprestarmos nossos volumes a quem confiamos. Essa é uma maneira de tornar utilizável o exemplar sem que ele deixe de ser seu, é o meio termo entre dar o livro e deixá-lo na prateleira em desuso.
    Achei linda a idéia de deixar o livro com uma nota para um desconhecido. Eu não faria isso com um exemplar meu, mas se gasto boa parte do meu dinheiro comprando livros, por que eu não poderia comprar um e fazer isso?
    Não simplesmente para desconhecidos, uma ótima maneira de se estimular a leitura é presenteando conhecidos com livros.

    Enfim, gostei muito do post, não só pela excelente escrita, mas, principalmente, pelas idéias abordadas!

    Mais uma vez, você está de parabéns!
    Aliás, você e o Caíque, por sempre trazerem posts de qualidade ao blog!

    Beijos e um excelente final de semana!

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  2. P.S: Acho que me empolguei demais na escrita!! Me desculpem pelo tamanho do comentário!

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  3. Sou apegada aos meus livros, mas faz algum tempo que resolvi deixar de ser obcessivamente apegada. Resolvi emprestar para os meus amigos e hoje fico feliz de perceber que alguns que não liam, hoje cultivam o hábito da leitura.

    Não gosto de descuido, mas acho que a gente tem que fazer pelo menos o mínimo.

    Mas ainda não tive coragem de "esquecer um livro".

    Carissa
    www.artearoundtheworld.blogspot.com

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  4. Oi Robledo! Como você escreve bem!
    Esse texto me fez refletir... e muito.
    Tenho muito ciúme dos meus livros, não são muitos mas eu cuido deles como se fossem meus filhos. Tenho muito medo de emprestar e ele voltar estragado (já vi muitos casos que isso aconteceu). Acho que tenho que deixar esse ciúme de lado.

    Concordo com você, é muito lindo quando vemos alguém começar a ler por nossa causa. Preciso contar: a uns quatro meses atrás ninguém na minha sala lia... nesse período comecei a ler, toda semana com um livro novo na mão e hoje? 70 % da minha sala lê um livro. Claro que tem aqueles que ficam falando: ''Livro não serve para nada'' mas nem ligo! rs

    Beijo,
    Meireane
    http://manialiteraria.blogspot.com/

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  5. Rob! Eu empresto meus livros tranquilamente, mas é claro que somente a pessoas em que eu confio.
    Detestaria que me roubassem. Ou os danificassem.
    Acho estranho quem é possessivo a ponto de não emprestar para ninguém de jeito nenhum.
    Uma vez até dei um livro a uma amiga. Um livro que detestei e que ela gostou. E quando vou dar presentes, sempre penso em livros.
    Estou sempre comentando sobre o que leio, às vezes praticamente forço algumas amigas a lerem certos livros que me conquistaram...
    Algumas pessoas começaram a ler mais com meu incentivo. E isso realmente é bem gratificante. *-*
    Porém não consigo aceitar "esquecer um livro" assim. Partiria meu coração.
    Beijos! =**
    Ah, adorei o rebuscamento, rs.

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  6. Hahaha falando em livros, essa noite sonhei que minha tia tinha invadido meu quarto e pego dois livros sem me pedir. Na realidade foi um pesadelo rsrs confesso, sou muito egoísta em relação aos meus livros.

    Já emprestei, ficaram com o livro por mais de 3 meses e fui eu que tive de ir buscar. Não confio, além do mais, muitas vezes voltam detonados. É muito raro eu emprestar.

    A ideia de esquecer um livro é boa, mas fico pensando, e se um vândalo acaba encontrando essa obra e dando um fim nela?? Do jeito que as coisas andam... Há mais gente querendo o mal do que o bem.

    Sim, eu procuro incentivar as pessoas a ler, e é maravilhoso quando encontramos uma para discutir acerca de tal obra. Tem tantas bibliotecas abandonadas, cheias de pó e sedentas de bons leitores, esse pode ser um primeiro passo para quem quer ler e não tem condições de comprar um livro.

    Belo texto hein Robledo, sempre dando um verdadeiro show de palavras em nós, meros mortais rsrsrsrs

    Adorei

    Beijinhus
    Babih Hilla
    http://revolucionandogeral.blogspot.com

    Obs: Depois de ter experiências catastróficas, dificilmente a gente volta a confiar nossos babys a certas pessoas.

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  7. Oi Robledo! (é a Mayara, lembra de mim? kkk)
    Então, acredito também que seja muito legal conquistar novos leitores, por isso sempre que possível, faço propagandas de livros legais para minhas amigas e confesso, admito: é realmente difícil se desfazer de um livro, por isso só faço propaganda e mando elas pegarem na biblioteca, mas, eu vi o projeto do esqueça um livro e me deu uma vontade absurda de esquecer dois livros que estão aqui em casa que eu sei que NUNCA vou ler. Mas, sei lá, tem os que eu li e que não gostei muito que eu seria incapaz de abandonar, pq gosto de olhar um livro e ver qual a mudança ele provocou na minha pessoa. Na verdade, é mais complicado do que eu imaginava, kkkkkk...
    Mas, pelo menos estou fazendo propaganda e tenho certeza de que vou abandonar um livro por aí, pq achei a ideia linda, só espero que meu livro caia em boas mãos ^^
    E eu fico muito feliz que o número de leitores esteja meio que crescendo, pq isso é ótimo ^^
    E é ótimo saber que eu sumi e o blog continua brilhante (aliás, mais de 600 seguidores e leitores lindos, que obra de arte!) *-*'

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  8. É muito difícil se desligar de algo que seja importante pra você. Mas é um exercício diário.
    Eu sou contra manter obras intocadas na estante, acho sem graça. Empresto livros a amigos próximos que eu conheça, mas para colegas ou pessoas não tão íntimas, tenho cá minhas ressalvas.
    Certa vez emprestei um dos meus preferidos para uma prima, que emprestou para um amigo, que se mudou e nunca mais ninguém soube onde estava. Ele levou meu livro consigo! Foi uma novela achar outra edição, mas consegui. Estou falando de Quando florescem os Ipês.
    Acho pretensão dizer que sou responsável por criar em alguém a cultura da leitura, mas tento, sim, me colocar como uma representando do que eu achar que vale a pena ser descoberto. Sempre recomendo obras, ainda que nem sempre as empreste, assim como recebo recomendações também.
    A campanha Esqueça um Livro é maravilhosa, e eu acho que é válida a tentativa, começando com obras que não nos sejam tão importante assim.
    Esses dias mesmo, passei por uma grande provação de paciência e materialismo, perdi uma coisa tão importante que jamais pensei que me sairia das mãos, mas me tomaram. Agora posso recuperar, não vai ser como antes, mas vale o esforço. Digo, se você perder um livro, faz uma forcinha e compra outro, não fica no drama, é só um monte de papel. Se foi editado, basta comprar outro. Exceto obras raras, que são mais cricris de serem encontradas, claro, mas vamos lá: livros não são almas humanas. Foram feitos pra serem folheados e devorados até o último ponto.

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  9. Minhas opniões são bem parecidas com as da Aione, li o comentário e percebi que era praticamente a mesma coisa que eu iria dizer. Não costumo emprestar os livros por falta de cuidado de outras pessoas mesmo. Não acho legal amassar um livro, me da dó. Nenhum ciume fora isso, até gosto de influenciar a compra ou a leitura de um livro, por minha causa. Como você disse, é uma sensação incrivel. Mas como a Aione, tenho vontade de manter uma biblioteca pessoal em casa, passá-la para minhas gerações futuras, não deixar aquilo que me encantou morrer.
    Mas eu realmente gostei da coluna, você abordou temas que rendem uma ótima discussão.

    Beijos

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  10. Oi, Robledo :) Bom, eu sou aquele tipo de pessoa que empresta os livros tranqüilamente e deixo o novo leitor à vontade pra ler sem pressa.
    É claro que, qdo tomo essa decisão, eu levo em conta a confiança que tenho pela pessoa a quem empresto meus livros. Além do mais, é uma forma de compartilhar as impressões sobre a obra e levantar novas conclusões. :D

    Qto ao projeto "Esqueça um livro", por mais que tenha um propósito positivo, mas eu não faria isso.
    Eu acho uma iniciativa bonita de quem o faz, mas eu não faria o mesmo, pelo fato de que eu não teria a menor idéia de quem pegaria esse livro pra ler.
    De repente, nem é alguém que não tenha condições pra ler. Vai que uma pessoa desinteressada e sem hábitos de leitura pega o livro e o leva pra casa apenas para enfeitar a própria estante? Seria como voltar ao ponto inicial da proposta.

    Nesses casos, eu mesma faço minhas doações diretamente nas bibliotecas ou com projetos que se encarregam de enviá-los para as escolas ou bibliotecas públicas.
    Já doei muitos livros!!! :D
    E garanto que é uma sensação maravilhosa.

    Parabéns por ceder um espaço no seu blog para debater sobre esses assuntos.

    Bjs ;)

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  11. Robledo,

    Primeiramente, sinto-me no dever de dizer que a sua crônica ficou excelente e dialogou intimamente com o meu ser, argumentando e quase me fazendo mudar esse instinto egoísta literário. Quase, porque uma vez na zona de conforto, é difícil sair dela.

    Digamos assim que em sinceros sentimentos, meus livros são mais que meros objetos de arte ou entretenimento. Também não são apenas xodós, queridinhos... São minhas histórias, cada um com uma para contar além daquela que o autor passou. Algo sobre mim, algo sobre quem me presenteou, algo sobre um momento que se registrou nas páginas.

    Quando olho para os meus livros, o sentimento é de puro carinho, amor. Adoro que as pessoas venham aqui em casa e me perguntem sobre esse, sobre aquele, adoro que se interessem pela história e comecem a lê-la com bons sentimentos, mas detesto a ideia de pensar que talvez não reconheçam e não deem o mesmo valor que dou àquelas obras cativas, parte de meu universo. Talvez seja egoísmo, talvez seja algo melindroso, mas é que poucas coisas na vida duram e aqueles livros nos dão alguma segurança, uma esperança de nos acompanharem ao longo de nosso trajeto, a serem repassados para os filhos e netos...

    Acho esse projeto "Esqueça um livro" muito audacioso e, tendo em vista a grande quantidade de brasileiros desinteressados na Literatura, não largaria os meus em um banco qualquer...

    Há uma crença espírita muito bonita, mas que confesso não ser capaz de aplicar em minha própria vida, que diz algo sobre os livros terem alma própria. A cada vez que novas mãos tocam o volume e compartilham aqueles minutos com o autor, estão engrandecendo seu espírito.

    Um livro parado na estante talvez não seja mesmo capaz de arrancar tantos sorrisos e júbilo de uma quantidade maior de pessoas, contudo, certamente me faz feliz por, em algum dia, ter-me acolhido em suas páginas.

    Beijos,
    Ana - Na Parede do Quarto

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  12. Bom, eu sou do tipo que adora debater sobre os livros, não me incomodo que me Interrompam a leitura, contudo, confesso que tenho um apreço enorme pelos meus livros, até mesmo com os quais não me envolvi tanto, simplesmente os vejo como um extensão de minha vida, olho pra eles e lembro da compra, do momento da leitura, pq. gostei, se chorei, acho que ao me desfazer dele, estaria doando uma parte de mim, por isso, sou egoísta. Queria ser capaz de doá-los a quem por ventura, pudesse se aventurar com eles, mas não consigo. Emprestar eu até empresto, porque gosto quando meus familiares ou colegas leem um dos meus livros. Sobre a iniciativa do esqueça um livro, tinha visto algo na internet, e achei incrível, digo que apoio e poderia até, comprar um livro especificamente para participar de algo assim, mas dor um dos meus, juro que não me vejo fazendo isso. Estranho, não sou assim com coisas materiais.

    Texto pra se pensar, vou tentar amadurecer e diminuir meu apego!

    Abraço

    Pah, Livros & Fuxicos

    Obs: Ignore o comentário anterior, escrevi apreço errado, huahau, me bate ;O

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  13. Robledo, esta postagem é um tapa na cara!
    Faz todo sentido: gostamos de ler, queremos que os outros leiam também, mas não abrimos mão dos nossos "bebês". E no fim, não tem graça nenhuma o livro ficar novinho, intocado na estante.

    Depois deste texto, estou um pouco menos ciumenta dos meus tesouros; minha afilhada, de 6 anos, teve a oportunidade de pegar um livro novinho meu e dar brincar com ele de uma maneira que eu não permitiria antes! No fim foi legal; fui mostrando umas palavras pra ela, que está aprendendo a ler.
    Imagine só se ela vira uma grande leitora por causa de momentos como esse? A capa do livro ficou um pouquinho marcada, mas valeu a pena!

    Beijos,
    Miriam.
    bookerqueen.blogspot.com

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